Animal mitológico de origem chinesa, e membro da família Naga (sânscrito) das criaturas serpentes que protegem o Budismo. Histórias do dragão Japonês vem predominantemente da China. Imagens de dragões reptilianos são encontradas por toda a Ásia, e a forma pictográfica mais largamente conhecida hoje eram das pinturas chinesas do período Tang (900 A.C.). O inimigo mortal dos dragões é a criatura homem-pássaro conhecida como Karura, essa criatura se alimenta de serpentes e dragões, só os dragões com o talismã do budismo (ou que foram convertidos para os ensinamentos do Budismo) que são poupados. Em contraste com a mitologia ocidental, dragões asiáticos são raramente retratados como malévolos. Embora aparentar ser temível e poderoso, o dragão é igualmente justo, benevolente e traz saúde e fortuna. O dragão também é considerado uma criatura que muda de forma, que pode assumir a forma humana e conviver entre as pessoas.
A figura dos dragões é muito importante nas crenças por toda a Ásia, e tem grande peso dentro do Budismo. Na Índia, onde nasceu o Budismo por volta de 500 A.C.. As cobras pré Budismo e as criaturas reptilianas conhecidas como Naga, foram incorporadas cedo na mitologia Budista. Descritas como “espíritos da água com formas humanas usando uma coroa de serpentes em suas cabeças” ou como “como serpentes tentando semelhar-se com nuvens”, os Naga estavam entre as oito classes de divindades que adoravam e protegiam o histórico Buda, Mesmo depois que o Histórico Buda (Siddhartha, Gatama) atingiu a iluminação, o rei Naga Mucilinda(sânscrito) é dito ter protegido Siddhartha do vento e da chuva por sete dias. Este motivo encontrado freqüentemente na arte Budista da Índia, representado por imagens de Buda sentado em baixo de Mucilinda.
Na China, entretanto, lendas de dragões existem independentemente por séculos antes da introdução do Budismo. Peças de bronze e jade das dinastias Shang e Zhou (1600 a 900 A.C.) representam criaturas parecidas com dragões. Pelo menos no século 200 A.C. imagens de dragões foram encontradas pintadas freqüentemente em paredes de tumbas para dissipar o mau. O Budismo foi introduzido na China em algum momento entre 100 e 200 D.C.. Em 900 D.C., os chineses tinham incorporado o dragão ao pensamento Budista com a iconografia de um protetor de vários Budas e Leis do Budismo. Estas tradições foram adotadas pelos japoneses (o Budismo não chegou no Japão até a metade de 600 D.C.). Tanto na China como no Japão, o caractere para “dragão” é usado freqüentemente no nome de templos, e esculturas de dragões adornam muitas estruturas de templos. A maioria dos templos Zen japoneses, além do mais, tem um dragão pintado no teto de suas assembléias.
Simbolismo do Dragão – Tipos de Dragões
Tanto na mitologia chinesa quanto na japonesa, o dragão é muito associado com o reino das águas, e representada em todos os tipos de arte cercado por águas e nuvens. No mito, existem quarto reis dragão que governam sobre os quarto mares (que na antiga concepção chinesa, limitavam a terra habitável). Na China, uma quinta categoria de dragão foi adicionada a estas quatro, para um total de cinco tipos de dragão:
Dragões Celestiais, que guardam as mansões dos deuses
Dragões Espirituais, que governam o vento e a chuva, mas podem causar enchentes
Dragões da Terra, que limpam os rios e o fundo dos oceanos
Dragões Guardiões de Tesouro, que protegem metais preciosos e pedras preciosas
Dragões Imperiais, dragões com cinco garras ao invés das quatro de normais
Simbolismo do Dragão – Número de garras
Cinco, quarto e três garras
De acordo com a maioria das pesquisas, o dragão da China e do Japão assemelham-se um com o outro, com a exceção que o dragão japonês tem apenas três garras enquanto os do Reino Celestial (China) tem cinco. Na Indonésia e em outros países da Ásia é possível encotrar dragões representados com quatro garras.
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